Valerá a pena manter bloqueador-beta a longo prazo após enfarte do miocárdio?

Holt et al. Eur Heart Journal 2021; 42: 907-914

NOVO GUIA PRÁTICO 2021 DE UTILIZAÇÃO DE NOACs:

UTILIZAÇÃO DE NOACS EM DOENTES IDOSOS, FRÁGEIS OU COM RISCO DE QUEDAS

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#cardiovascular

18/05/2021

NOVO GUIA PRÁTICO 2021 DE UTILIZAÇÃO DE NOACs:

NOACS EM DOENTES COM EXTREMO DE PESO

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18/05/2021

NOVO GUIA PRÁTICO 2021 DE UTILIZAÇÃO DE NOACs:

UTILIZAÇÃO DE NOACS EM DOENTES COM TROMBOCITOPENIA

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18/05/2021

Artigo em análise: Ensaio clínico STRENGTH (Nicholls S et al. JAMA 2020)

SERÁ QUE OS ÓMEGA-3 REDUZEM O RISCO DE EVENTOS CARDIOVASCULARES: CIÊNCIA OU PSEUDOCIÊNCIA?

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Artigo em análise: Ensaio clínico TIPS (Salim Yusuf et al NEJM 2020)

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Artigo em análise: Ensaio clínico SAMSON (Wood F et al. N Engl J Med 2020)

EFEITOS LATERAIS DAS ESTATINAS – A IMPORTÂNCIA DO “EFEITO NOCEBO”

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Artigo em análise: Meta-análise Aspirina em Prevenção Primária (Abdelaziz et al. JACC 2019)

ASPIRINA EM PREVENÇÃO PRIMÁRIA – “PRIMUM NON NOCERE”?

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06/01/2021

Artigo em análise: Ensaio clínico RIVER (Guimaraes et al. N Engl Med 2020)

É SEGURO UTILIZAR NOACS EM DOENTES COM PRÓTESES BIOLÓGICAS?

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06/01/2021

Ensaio clínico LoDoCo (Nidorf S et al, N Engl J Med 2020)

SERÁ A COLQUICINA O NOVO FÁRMACO PARA A REDUÇÃO DO RISCO DE EVENTOS CARDIOVASCULARES

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06/01/2021

CONTEXTUALIZAÇÃO

Este artigo, recentemente publicado no European Heart Journal, foi analisar uma questão clínica relevante, ou seja, se após um enfarte do miocárdio se deve manter a administração de um bloqueador-beta a longo prazo em doentes com fração ejeção preservada e sem sinais de IC. Esta prática, ainda recomendada nas guidelines, é baseada em estudos realizados há mais de 20 anos, numa altura em que não se realizava angioplastia na maioria dos doentes.

Valerá a pena manter bloqueador-beta a longo prazo após enfarte do miocárdio?
Valerá a pena manter bloqueador-beta a longo prazo após enfarte do miocárdio?
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ENSAIO CLÍNICO E RESULTADOS

Neste estudo, os investigadores efetuaram uma análise de larga escala dos dados nacionais da Dinamarca incluindo mais de 30.000 doentes internados com o diagnóstico de enfarte do miocárdio entre 2003 e 2018. Observaram que em doentes com fração de ejeção preservada e sem sinais de insuficiência cardíaca a administração de bloqueador-beta para além dos 3 meses não deu proteção significativa em termos de redução do risco de novos eventos cardiovasculares.

Deste modo os autores concluem que, em doentes após enfarte do miocárdio, a continuação da toma de bloqueador-beta deve ser reavaliada ao fim de 3 meses na ausência de sinais de insuficiência cardíaca.

Cardio4all

Mensagem para a prática clínica:

As guidelines de tratamento do enfarte do miocárdio ainda recomendam a utilização generalizada de bloqueadores beta a longo prazo em todos os doentes após enfarte, na ausência de contraindicações.

Este artigo recentemente publicado é mais um estudo a demonstrar que em doentes após enfarte do miocárdio, sem sinais de insuficiência cardíaca e com fração de ejeção preservada (FE>50%), os bloqueadores-beta não trazem benefício prognóstico a longo prazo, pelo que a sua utilização pode ser descontinuada.

Finalmente, este estudo também nos mostra como é importante continuarmos a aprender e a reavaliar a nossa prática clínica à medida que surgem novas opções de tratamento dos nossos doentes. A ciência evolui de forma contínua sem dogmas ou paradigmas.

Os resultados foram publicados em European Heart Journal.

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